Universidade Aberta

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MPEL 05

sábado, 18 de junho de 2011

Uma Reflexão

                             Autenticidade e a transparência na rede Fórum

No âmbito da Unidade Curricular, Educação e Sociedade em Rede do 5º Mestrado em Pedagogia do e-Learning, da Universidade Aberta.

  • Que somos de nós próprios na rede?
  • Somos ou poderemos ser transparentes?
  • São as imagens que nós partilhamos autênticas? Que dizem de nós? Tudo? Nada?
  • Como poderemos assegurar a autenticidade da informação? Pela sua transparência?
  • Quem valida ou autêntica? Quem o poderá fazer? A própria comunidade, a própria rede? Será pela transparência dos processos de partilha? Como e em quem na rede poderemos confiar? Como se poderá garantir a qualidade da informação e como se poderá garantir a idoneidade da utilização dessa informação?
                           
Foi interessante reflectir um pouco sobre a nossa identidade, para tentar perceber se com a Internet, passámos a ter mais do que uma identidade ou o seu prolongamento. Nem sempre queremos mostrar quem autenticamente somos, daí transportarmos para o ambiente virtual a "falsidade" do eu, como por exemplo, os dados pessoais e profissionais omissos ou quando visíveis, são alterados. Isto é feito para esconder, proteger ou salvaguardar a nossa intimidade. Há também quem prefira manter-se anónimo em fóruns de discussão online ou em ambientes virtuais. Parece que aqui a vontade é de impedir qu nos vejam a nós tal como somos na realidade. Daí não se conseguir fundamentar que existe transparência total no ciberespaço. Mas mesmo em ambiente virtual, o indivíduo continua precisar de relacionar-se com pessoas, partilhar experiências e conhecimentos com os outros. A sociedade caracteriza-se por uma nova forma de comunicação que valoriza a informação alterando desse modo a estrutura vigente. A informação flui em quantidades e velocidades antes impensáveis. No mundo virtual, os participantes interagem, como verdadeiros actores sociais, neste processo os indivíduos acabam por construir uma identidade digital, que nada pode ter a ver com a identidade real e que também pode sofrer alterações em função dos objectivos pretendidos e das experiências vividas. Pode-se afirmar que a identidade digital, é diferente da identidade pública, mais ainda que pode ser um prolongamento desta última, mas também permite ser uma, ou mais, facetas ocultas da personalidade de cada um.
Na era digital, a fraude intelectual é fácil de acontecer devido à facilidade de acesso a fontes de informação e respectiva cópia integral, oque levanta questões de ordem ética. A questão da fraude intelectual pode ser abordada de um outro ponto de vista, isto é, da veracidade da informação e dos materiais cientifícos disponibilizados. Existem muitos conteúdos disponíveis, mas nem sempre é possível proceder à sua validação. De igual modo, a fraude intelectual põe em causa os direitos de propriedade intelectual, tendo inclusivé a União Europeia alterado o ordenamento Jurídico existente. No que diz respeito à fiabilidade da informação, há formas de a aferir. Desde logo, pesquisando com o Google Académico e tendo atenção ao número de vezes que um autor é citado e ao tipo de trabalhos em que isso acontece (artigos cientifícos, livros, etc.).

Muitas questões vão permanecer sempre, assim como em todas as coisas fora da Internet e da Web e que fazem parte da nossa vida.

BIBLIOGRAFIA

Lévy, Pierre, Cibercultura, (1999)

Lévy, Pierre, O que é virtual?, (1995)

WEBGRAFIA

http://stevecheney.posterous.com/how-facebook-is-killing-your-authenticity