Universidade Aberta

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MPEL 05

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Atividade 1A - Post 2


Crítica ao Papel do Professor em Contexto Online

Segundo Terry Anderson o contexto de aprendizagem online torna mais versátil a interação educativa, permite o acesso a inúmeros formatos e conteúdos didáticos, oferece enormes repositórios de informação e permite interação homem-máquina  nas variedades síncrona e assíncrona, contribuindo para uma maior eficácia a nível do contexto de aprendizagem e comunicação. Garrison, Anderson e Archer desenvolveram um modelo conceptual de aprendizagem online que denominaram "comunidade de aprendizagem". Anderson (2004)
Este modelo resulta se existirem três tipos de presença: a presença cognitiva - baseada e definida pelo estudo de um determinado conteúdo, contribuindo para o desenvolvimento do pensamento crítico; a presença social - consiste na criação de um ambiente de apoio aos alunos que lhes permita expressarem-se num contexto colaborativo; e a presença de ensino - que pressupõe o papel do professor assente em três papeis a serem desempenhados pelo professor. O primeiro é a concepção e organização da experiência de aprendizagem; o segundo é a concepção e implementação de atividades a ocorre entre alunos, professores e fontes de informação; e o terceiro é a contribuição do professor nos próprios conteúdos através da instrução direta.
A presença do professor passa pela concepção e construção do conteúdo do curso, das atividades de aprendizagem e da grelha de avaliação. A aprendizagem online permite flexibilizar e rever o conteúdo, o que não acontece com os outros métodos de ensino e de aprendizagem Anderson (2004).
Os vastos recursos educativos e conteúdos disponíveis na Net, permitem negociação de conteúdos e de atividades e também um aumento da autonomia e controlo. Durante o curso pode-se ir concebendo e organizando atividades na comunidade de aprendizagem. O professor deverá negociar de forma a satisfazer condições únicas de aprendizagem. O professor deverá incentivar o estudo independente e a exploração de conteúdos que forneça formas diversificadas de avaliação formativa, respondendo às necessidades dos alunos Anderson (2004).
Para Terry Anderson um e-professor excelente é um professor excelente, aquele que gosta de lidar com os alunos e motivá-los, conhece a matéria que ensina e é entusiasta relativamente às tarefas que propõe. É um pedagogo (ou andragogo) do processo de aprendizagem e um motivador e avaliador das aprendizagens através de uma série de atividades.Também deve ter conhecimentos técnicos suficientes para contribuir para o processo de aprendizagem online, ter acesso ao hardware necessário e saber usar a internet. Deve sentir-se competente e à vontade num contexto online, deve ainda ser versátil, inovador e perseverante.
Segundo Lina Morgado (2004) o tutor tem que gerir  e moderar uma interação que deixa de ser de um para um e de um para muitos para passar a ser de muitos para muitos - um papel investido de maiores responsabilidades e de maior raio de acção.

Salmon (2000) citado por L. Morgado apresenta uma vasta lista de possíveis denominações:
E-Moderador (Salmon, 2000; Berge, 2000);
Tele-Professor ou Tele-Tutor (Mundemann, 1999);
Facilitador (Tan, 1999) e
Formador Pessoal (Mason, 1998).

O Skype traz qualquer pessoa, de qualquer lugar para uma sala de aula.Os estudantes não se limitam a interagir apenas com as ideias de um pesquisador ou teórico. Em vez disso, um aluno pode interagir diretamente com os pesquisadores através do Twitter, Blogs ou Facebook. A voz do professor tradicional é fragmentada pelas oportunidades ilimitadas de conversa disponível em redes. O conteúdo do curso é também fragmentado. O livro é agora aumentado com vídeos do YouTube, artigos online, simulações, o Second Life, o Diigo etc.
Siemens (2010). Siemens destaca sete pontos importantes do papel do professor em ambientes de aprendizagem em rede como o amplifying e a utilização do Twitter, o curating em que o professor num ambiente em rede torna-se referência, o professo é apelidado de curador, daí a comparação ao museu. O wayfinding and socially driven sensemaking dá sentido às informações fragmentadas, é um pocesso social que faz parte da responsabilidade do novo papel do professor de ajudar o aluno a dar sentido às informações fragmentadas na rede e ainda dar um sentido a tudo o que está disponível. No aggregating tem de se revelar a estrutura e conteúdo do curso a partir de conversas que se desenrolam e não antecipadamente. No filtering a filtragem de recursos é um papel importante do educador. O filtro singular do professor transformou-se em fluxos de informação numerosas. O modelling tem as suas raízes na aprendizagem. A aprendizagem é um processo multifacetado envolvendo cognitivo, social, emocional e dimensões. No persistent presence o educador precisa de um blog ou fazer parte de uma rede social como o Twitter ou uma combinação de vários serviços. Precisa de um ponto de existência online para se ligar com outras pessoas, para conhecer e ser conhecido. Para além de Siemens outros autores como Terry Anderson, Alec Couros, Keith Pratt e Rena Paloff também tratam da necessidade dos professores assumirem um novo papel na aprendizagem.


Recursos:

Anderson, Terry (2008). Teaching in an Online Learning Context. In Anderson, Terry (Ed), Theory and Practice of Online Learning. Athabasca University: Au Press (2ª Edição). Disponível em: http://www.aupress.ca/books/120146/ebook/14_Anderson_2008-Theory_and_Practice_of_Online_Learning.pdf. Acedido em Novembro/Dezembro de 2011

Couros, Alec (2010). Teaching & Learning in a Networked World. Keynote na conferência Quest 2010 [Video e Slides]. Open Thinking. Disponível em:
http://educationaltechnology.ca/couros/1890. Acedido em Novembro/Dezembro de 2011


Morgado, Lina (2004). Ensino Online: Contextos e Interações. Disponível em:  
 
Paloff, Rena & Pratt, Keith (2010). The Excellent Online Instructor [Podcast]. Online Teaching and Learning. Disponível em:
http://www.onlineteachingandlearning.com/podcast-palloff-pratt/. Acedido em Novembro/Dezembro de 2011

Siemens, George (16-02-2010). Teaching in Social and Technological Networks.
Connectivism. Disponível em: http://www.connectivism.ca/?p=220. Acedido em Novembro/Dezembro de 2011

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